segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Estudos no Apocalipse - Estudo 25 - Juízos das 7 Taças (16:1-21)

Estudos no livro de Apocalipse (estudo 25) -  Adélio Silva
 

Capítulo 16– Juízos das Sete Taças

            A visão joanina expressa no capítulo 15 nos mostrou  que o  número dos mártires estava completo e que eles se regozijavam nos céus cantando  'cântico de Moisés e do Cordeiro'. Este cântico expressava  a derrota do anticristo. Mas é bom lembrar que a vitória obtida por eles  possui  um sentido espiritualizado, se considerarmos que muitos foram mortos cruelmente e perseguidos vítimas da mais dura perseguição jamais movida contra o povo de Deus. A visão elevou-lhes o ânimo, ao presenciarem os nos juízos das sete taças que a vitória do Cordeiro estava assegurada e que finalmente o clamor que levantaram obtivera resposta (como visto  no capítulo seis).

            No presente capítulo, o dezesseis, vão aparecer os juízos   divinos em forma de pragas, calamidades, enfermidades e fenômenos físicos-geológicos de várias naturezas. Todos esses fenômenos já podem ser observados claramente ao nosso redor. Mesmo aqueles que não têm o vislumbre das revelações bíblicas e que se debruçam sobre a frieza da ciência já estão admitindo o caráter irreversível da história do planeta, com projeções catastróficas da mais variada espécie. Tudo isso aponta então para o inevitável fim da velha ordem humana e o começo de um novo ciclo sob o comando de Jesus Cristo. Bom é lembrar que os juízos das sete taças virão em consequencia dos  juízos das trombetas, sendo por isso mesmo distintos deles   

A Primeira Taça (16:1-2)

16:1 – Ouvi, vinda do santuário, uma grande voz, dizendo aos sete anjos: Ide e derramai pela terra as sete taças da cólera de Deus.

            A voz ouvida é a do próprio Deus, pois a sua procedência é do santuário, isto é, o local onde simbólicamente Deus está, o seu trono. Dá a entender que um tratamento especial será dispensado às últimas pragas. O nível da intervenção  divina foi grandemente elevado. É um assunto pessoal e uma alta consideração para com a expectativa dos mártires.         Existe uma semelhança muito próxima entre as pragas a seguir descritas e as pragas derramadas sob os egípcios.

16:2 – Saiu, pois, o primeiro anjo e derramou a sua taça pela terra, e, aos homens portadores da marca da besta e adoradores da sua imagem, sobrevieram úlceras malignas e perniciosas.

O  início do derramamento das taças  ocorre em cumprimento  da promessa feita em 14:9,10 de que os  adoradores da besta beberiam  do cálice da ira de Deus.

"...Aos homens portadores da marca da besta e adoradores da sua imagem..":  Numa interpretação histórica são aqueles que cederam à pressão e participaram do culto imperial para evitar as conseqüências diante do governo romano (13:14-17). No sentido profético são todos os que foram identificados e marcados como servos do anticristo, sob o signo das bestas e todos subordinados ao dragão ou Satanás, o Diabo.  

"...úlceras malignas e perniciosas...": . A palavra aqui usada significa 'de origem ruim, más'.  Note a semelhança  com Êxodo 9:9-12 (sexta praga).  Já a palavra perniciosa tem no grego o sentido  é maldosa, iníqua. Talvez uma espécie de câncer.

A Segunda Taça (16:3) -  o mar que se transforma em sangue

16:3 – Derramou o segundo a sua taça no mar, e este se tornou em sangue como de morto, e morreu todo ser vivente que havia no mar.

            Há semelhança com a praga descrita em Apoc 8:8,9. Observemos também o paralelo com a praga egípcia  quando o rio Nilo se transformou em sangue ( Ex 7:14-25).  A extensão  é maior, visto que atingiu o mar, compreensivelmente uma área bem maior foi afetada.

            A comparação com o sangue de um morto indica  que se tornará imundo e coagulado, impossibilitando a vida de qualquer espécie. A vida humana depende em grande parte da vida que existe no mar. Já o próprio sangue  é um símbolo  também da morte. Não é preciso muito esforço mental para concluir que só esta praga atingirá  duramente toda a vida sob a face da terra.  A interpretação simbólica desta passagem sugere que estão em vista  questões morais. Contudo, observe em volta e tire suas conclusões. Ambas as interpretações podem hoje ser perfeitamente encaixadas na realidade que vivemos.

A Terceira Taça (16:4-7)

16:4 – Derramou o terceiro a sua taça nos rios e nas fontes das águas, e se tornaram em sangue.

Rios e fontes são essenciais para sustentar a vida. Esta praga, como a praga no Egito, deixa os perversos sem água potável. Se não vier algum alívio, a conseqüência será a morte. Há semelhança com a primeira praga do Egito.

Na passagem de Apoc 8:10,11, no julgamento das trombetas, o foco atingido foi 1/3 das águas. Já aqui, o dano será total.

Comenta Carpenter:  "As correntes da vida apodrecerão, os frescos e brilhantes dons de Deus  ficam poluídos, quando o oceano do pensamento público tornar-se doentio".

16:5 – Então, ouvi o anjo das águas dizendo: Tu és justo, tu que és e que eras, o Santo, pois julgaste estas coisas;

"....Então, ouvi..." João ouviu em estado de êxtase ou experiência espiritual de arrebatamento.

 "...o anjo das águas:  Essa expressão reflete o pensamento judaico de que cada elemento da natureza é controlado pelos anjos. ( quatro ventos, calor, geada, águas, fogo, etc..) . Outros textos como Apoc 7:1; 14:18 confirmam essa idéia.  O anjo referido aqui teria a missão de guardar ou administrar  os suprimentos de água do planeta. É pensamento comum entre os comentadores que João utilizou essas expressões embora não aprovasse os excessos, como por exemplo a crença judaica de que cada um desses anjos teria um nome. O que não pode deixar de ser considerado é  que Deus, de fato  controla a tudo , sendo também evidente com base em outros textos bíblicos de que os anjos exercem um extenso ministério segundo as necessidades de Deus.   

"...Tu és justo, tu que és e que eras, o Santo, pois julgaste estas coisas...":   Predicados divinos são aqui enaltecidos:  Ele é justo (Apoc 15:3) e assim julgará a todos. Ele é eterno e permanece sempre dentro do tempo e na história  (Apoc 1:4,8; 4:9).

16:6 – porquanto derramaram sangue de santos e de profetas, também sangue lhes tens dado a beber; são dignos disso.

"... derramaram sangue de santos e de profetas..." As perseguições movidas pelo império romano ceifaram muitas vidas e o conteúdo das cartas de João serviu também para consolar  essas vítimas. A mensagem que sempre se destacava era a de que o mal finalmente será exterminado e a humanidade viverá em paz, sendo  Deus e seu Cristo os grandes vencedores.. Uma interpretação profética se destina à igreja que viverá sob a tirania do anticristo quando chegarem os 'últimos dias'.  Os crentes são aqui chamados de santos. O que indica sua especial condição de pessoas a serviço de Jeová e   pelo seu caráter excelente. O destaque para os profetas não se aplica em primeira mão aos profetas do Antigo pacto. Os profetas no Novo Testamento eram considerados em alta apreciação  e pessoas de muito respeito (Atos 11:27).

 "...também sangue lhes tens dado a beber..." Deus controla a aplicação da justiça e coordena a recompensa e o castigo (Gal 6:7,8; II Cor 5:10).

16:7 – Ouvi do altar que se dizia: Certamente, ó Senhor Deus, Todo-Poderoso, verdadeiros e justos são os teus juízos.

Nota: Segundo  Champlin, a tradução  em português diz: " E ouvi o altar clamar". Observa-se que João como que deu vida ao altar. Uma outra explicação é que o autor usou a chamada licença  poética, personificando o altar. Uma comparação com Apoc 6:9 mostra que  ali as almas que estavam embaixo do altar  clamam por vingança. No presente trecho o altar adquire vida e fala.

            O que mais importa é o entendimento expressado por João de que as orações dos  mártires, reservadas na memória de Deus, foram  finalmente respondidas, pois o julgamento divino chegou.

"...o Senhor Deus... Todo-Poderoso..."  o Senhor e dono dos seus fiéis resgatados. A Ele pertencem o Poder, a honra e a glória (Apoc 15:3). Nada o impedirá de manifestar esse poder. O anticristo, por algum tempo, poderá parecer poderoso por usurpar o que não lhe é devido. A justiça do Deus Todo-Poderoso  é aqui louvada, pois prevalece sobre o anticristo.

A Quarta Taça (16:8-9)

16:8 – O quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe dado queimar os homens com fogo.

Uma interpretação mais consciente comporte o fato de que fenômenos atmosféricos  estão em vista. Os raios solares atingirão a terra sem a necessária filtragem , t alvez causado por explosões atômicas e outras modificações  causadas pelo homem ou talvez pela vontade divina ou com sua permissão. Aquilo tudo que o  astro tem feito para benefício da humanidade pode  revolver-se contra o homem. O sol é indispensável para a existência humana . A interferência do  homem e sua maldade reverterão o processo e isso trará conseqüências  ruins para todos . O calor do sol trará torturas ao invés de vida.

16:9 – Os homens se queimaram com o intenso calor, e blasfemaram o nome de Deus, que tem autoridade sobre estes flagelos, e nem se arrependeram para lhe darem glória.

"...e blasfemaram..." Como reação à punição vinda do calor solar, os homens falaram coisas injuriosas contra Deus. Nem mesmo o sofrimento poderá levar os homens ao arrependimento. . Ao invés disso, ouvirão e seguirão o anticristo em sua rebeldia contra Jeová.

"...para lhe darem glória..." Ó arrependimento pode levar ao reconhecimento de que somente ao Senhor pertence o louvor e a exaltação e a lealdade.

 "... que tem autoridade sobre estes flagelos..." Deus tem autoridade sobre  os julgamentos. Ele é a fonte originária dos mesmos, mas não usa isto de forma arbitrária mas com justiça.

 A Quinta Taça (16:10-11) -  Trevas

16:10 – Derramou o quinto a sua taça sobre o trono da besta, cujo reino se tornou em trevas, e os homens remordiam a língua por causa da dor que sentiam

Derramou o quinto a sua taça sobre o trono da besta: A besta não é o poder superior! O anjo de Deus derrama sua taça sobre o trono da besta, porque vem de um lugar mais alto. Homens enganados podem exaltar a besta (13:4), mas ela não é igual a Deus, nem ao mensageiro usado por Deus para derramar a sua ira.

A quinta trombeta trouxe escuridão e tormento (9:1-12), como também a quinta taça.

Cujo reino se tornou em trevas: Os egípcios adoraram o sol, e Deus causou três dias de escuridão (Êxodo 10:21-23). Aqui o reino da besta se torna em trevas, provavelmente referindo-se ao engano das mentiras daquela que se apresenta como um deus digno de adoração.

E os homens remordiam a língua por causa da dor que sentiam: O reino da besta sofre dor insuportável. Enquanto o Senhor oferece refúgio e proteção aos seus servos (7:16-17), os servos da besta são atormentados.

16:11 – e blasfemaram o Deus do céu por causa das angústias e das úlceras que sofriam; e não se arrependeram de suas obras.

As dores e angústias irão sendo acrescentadas. Os ferimentos ou úlceras poderão ser causadas por radiações  solares. Mas mesmo assim continuarão blasfemando contra Deus.

Nota-se a semelhança entre esta praga e a do Egito em Ex  10:21. Apesar do estado doloroso eles "não se arrependeram" de suas atitudes pecaminosas. Geralmente os homens culpam Deus por tudo de ruim que acontece, fugindo de suas responsabilidades pessoais.

A Sexta Taça (16:12-16)

16:12 – Derramou o sexto a sua taça sobre o grande rio Eufrates, cujas águas secaram, para que se preparasse o caminho dos reis que vêm do lado do nascimento do sol.

As opiniões variadas sobre este verso não permitem se chegar a um consenso sobre seu significado.

O consenso é que está em vista o início da batalha do Armagedom (Megido), mencionada no versículo 16 deste capítulo e em Apoc 14:14.

Pode ser sensata a opinião de que o anticristo liderará uma movimentação conduzindo potências que virão do norte (Estados Unidos, Rússia, China e outros). O alvo desse conflito será a ocupação das terras palestinas. Seja como for, toda  essa movimentação será indício de que a segunda  de Cristo está às portas.

As conseqüências em mortes serão desastrosas e o resultado se refletirá nos corpos em decomposição  que provocarão chagas e pestilências .

Um ponto que não se pode esquecer é que as forças diabólicas centralizadas no anticristo estarão em franca atividade como nunca aconteceu, o que incentivará o aumento da maldade.   

Sobre a relação do rio Eufrates com a história dos povos bíblicos, observe os comentários de  Dennis Allan:

Œ Quando Deus voltou para abençoar seu povo e habitar no meio dele, sua glória "entrou no templo pela porta que olha para o oriente" (Ezequiel 43:4).

 Todas as pessoas na Bíblia que atravessam corpos de água em terra seca são os servos de Deus sob a sua proteção, não os seus inimigos: os israelitas na saída do Egito (Êxodo 14:15-25; Salmo 106:9-10); os israelitas na entrada em Canaã (Josué 3:12 - 4:18); Elias e Eliseu juntos (2 Reis 2:4-8); Eliseu sozinho (2 Reis 2:13-14). Na profecia de Isaías 11:15-16, Deus seca o Eufrates para permitir o restante do seu povo escapar do cativeiro. Em Isaías 51:10, Deus secou as águas do mar para deixar passar os remidos (cf. Zacarias 10:10-12).

Ž Exércitos são representados como águas ou rios, até pelas águas do Eufrates (Isaías 8:7-8), e o vento de Deus seca e espalha essas águas (Isaías 17:12-14).

O exército que vem do Eufrates na sexta trombeta é de Deus, trazendo fogo e enxofre e matando a terça parte dos homens ímpios (9:13-21).

16:13 – Então, vi sair da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta três espíritos imundos semelhantes a rãs;

A rã  simboliza maldade, pestes, doenças e p0oderes demoníacos. Esse versículo lembra a praga  das rãs do Exodo  8:1-14(segunda praga). Para os judeus, que dividiam os animais em limpos e imundos, era um animal imundo.

"...imundo..." Em vista do que foi dito, aqueles espíritos, assim como o dragão(Satanás) e as duas bestas . Lembremos que a besta saída do mar é o anticristo e a besta saída da terra  é o falso profeta.

Tais répteis imundos terão a seu serviço  convocar os combatentes espirituais do mal  para a batalha do Armagedom  (Apoc 16:14). 

Então, vi sair da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta: O diabo e seus dois principais aliados: a besta (do mar) e o falso profeta (a besta da terra, que induz as pessoas a adorarem a besta do mar). Sabemos que tudo que sai da boca deles é mau, pois o diabo é o pai da mentira (João 8:44).

Três espíritos imundos semelhantes a rãs: Saindo da boca destes três personagens, obviamente são imundos. Rãs são mencionadas aqui e nas referências à segunda praga no Egito (Êxodo 8:1-15; etc.). No Antigo Testamento, foram consideradas imundas e, por isso, abominações (Levítico 11:9-10).

16:14 – porque eles são espíritos de demônios, operadores de sinais, e se dirigem aos reis do mundo inteiro com o fim de ajuntá-los para a peleja do grande Dia do Deus Todo-Poderoso.

".... espíritos de demônios..." A existência de demônios é uma afirmativa sem dúvidas de todo o .Novo Testamento. Nos últimos dias as forças diabólicas invadirão a terra, o que tornará muito difícil a vida de forma geral . Muitas pessoas ouvirão a voz dos demônios e os seguirão.

"...que operam sinais..."  Sinais  são milagres feitos com o objetivo de atestar a doutrina ou o ensino pregado. . Se tratando de ensino de demônios a única coisa que ensinarão será  odiar e matar. Como foi visto em Apoc 13:14 o falto profeta do anticristo fará muitas maravilhas para  dar um sentido de poder às suas palavras e atitudes. . Muitos seguirão esses ensinos e não ouvirão o verdadeiro Cristo.

",,,mundo inteiro..."  O mundo inteiro representado pelas forças  demoníacas do anticristo  se embaterão com exércitos  humanos na guerra chamada de Armagedom. Em seguida todos eles se unirão para combater as forças  de Jesus Cristo que estará voltando.

"... do grande Dia do Deus Todo-Poderoso...":  Este dia será o do julgamento, quando Deus fizer intervenção na história humana, logo antes do milênio. A batalha do Armagedom será o início desse 'dia'..

16:15 – (Eis que venho como vem o ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua vergonha.)

Há uma interrupção no relato de João e com isso o Senhor Jesus quis deixar uma mensagem de exortação aos fiéis. fiéis. Usamos aqui o comentário de Dennis Allan :

"...: A figura do ladrão é utilizada na Bíblia para enfatizar o julgamento repentino e a falta de preparo das pessoas julgadas. Representa as conseqüências naturais do pecado e da negligência nesta vida (Provérbios 6:9-11), como também a vinda do Senhor para julgar (Lucas 12:35-40; Mateus 24:42-43; 1 Tessalonicenses 5:2-4; 2 Pedro 3:10; Apocalipse 3:3). A ênfase está na preparação para a chegada do Senhor.

"...Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua vergonha...": Esta é a terceira de sete bem-aventuranças no livro (veja a lista na lição 3). A pessoa preparada, que não teme a vinda do Senhor, vigia e aguarda o Senhor (cf. Mateus 25:1-13). Guardar as vestes indica a pureza dos fiéis, que "não contaminaram as suas vestiduras e andarão de branco" (3:4; cf. Tiago 1:27). A nudez, por outro lado, mostra a impureza de pessoas despreparadas, como a igreja em Laodicéia (3:17). Quando Adão perdeu a sua inocência e ouviu a voz de Deus no jardim, ele se escondeu porque estava nu e envergonhado (Gênesis 3:8-10). A nudez representa a vergonha, especialmente a vergonha de castigo (Ezequiel 16:36-37; Oséias 2:9-10; Miquéias 1:1; Naum 3:5)."

16:16 – Então, os ajuntaram no lugar que em hebraico se chama Armagedom.

Nota sobre Armagedom : Esta palavra aparece somente aqui, mas o próprio versículo diz que ela é de origem hebraica. A palavra significa "monte de Megido" ou "cidade de Megido", e nos lembra do significado da região de Megido em batalhas decisivas do Antigo Testamento. Foi o local da vitória de Israel sobre Jabim e Sísera (Juízes 4 e 5, especialmente 5:19). Josias morreu da ferida que sofreu na batalha contra Neco, rei do Egito, no vale de Megido (2 Crônicas 35:22-24). Outras batalhas na região de Jezreel e Megido incluem: a vitória de Gideão sobre os midianitas (Juízes 7); a batalha final de Saul contra os filisteus (1 Samuel 31). Quando Jeú, encarregado com a exterminação da casa de Acabe, mandou matar Acazias, rei de Judá, este morreu em Megido (2 Reis 9:27). Armagedom, então, representa um lugar de julgamento e de batalhas decisivas. Certamente, Deus julgará e aplicará a sua justiça!

A Sétima Taça (16:17-21) – Profecia contra Babilônia

16:17 – Então, derramou o sétimo anjo a sua taça pelo ar, e saiu grande voz do santuário, do lado do trono, dizendo: Feito está!

Apesar de existirem muitos paralelos entre o juízo os trombetas e o juízo das taças, eles conservam diferenças significativas , pelo menos indicando que os juízos das taças  ocorrerão depois  dos das trombetas sendo esses últimos bem mais severos. Já a narrativa  da sétima taça é paralela ao terceiro  ai da sétima trombeta e ambas envolvem a ira final de Deus, sendo prenunciadas por grandes voz ou grandes vozes.

 

"...pelo ar..." Note-se que as outras taças foram derramas sobre a terra, mar, águas e rios, sol, trono da besta, rio Eufrates. Talvez esta taça indique um acontecimento que envolverá  a atmosfera de toda a criação.

 A voz vem do trono que está no santuário. Deus está no santuário, e ninguém mais podia entrar até que se cumprissem os sete flagelos (15:8).

"...Feito está...!: É a voz do próprio Jeová.  Roma acabou e com ela as ameaças contra os santos de Deus. O fim de Satanás também está perto , o que será comentado em Apoc 19 em diante..

16:18 – E sobrevieram relâmpagos, vozes e trovões, e ocorreu grande terremoto, como nunca houve igual desde que há gente sobre a terra; tal foi o terremoto, forte e grande.

Esse terremoto representará o abalo  de toda a estrutura antiga, do sistema fracassado e pecador.  As nações ruirão com rapidez.

16:19 – E a grande cidade se dividiu em três partes, e caíram as cidades das nações. E lembrou-se Deus da grande Babilônia para dar-lhe o cálice do vinho do furor da sua ira.

Muitos autores são unânimes ao afirmarem que essa cidade é Jerusalém. Roma (Babilônia) também sucumbirá junto com todas as cidades do mundo, visto que o juízo de Deus será universal . Elas ficarão totalmente arruinadas . Será um cataclismo de dimensões globais.

16:20 – Todas as ilhas fugiram, e os montes não foram achados;

Nota geológica

"...Os cientistas dizem que a crosta terrestre exerce tremenda  tensão em uma direção , mas eu isso é contrabalançado por um contratorque no centro dissolvido da terra. . Mas a terra, ao passar por diferentes correntes eletromagnéticas, em sua viagem pelo espaço cósmico, algumas  vezes experimenta o que equivalente  a um curto-circuito cósmico, em que o torque do centro dissolvido da terra pára  ou é revertido em seu movimento. Quando isso sucede, a crosta terrestre desliza, e disso resulta um cataclisma de proporções  gigantescas , havendo o afundamento de antigos continentes, ou partes dos mesmos, e a elevação de novas massas de terra, formando continentes inteiros . Isso já ocorreu por diversas vezes no passado longínquo, conforme a geologia nos  mostra, porquanto muitas massas terrestres que agora são secas, já estiveram no fundo do  mar (até mesmo picos montanhosos) ao mesmo tempo que muitos lugares do leito do oceano já foram terra seca. Cidades antigas completas têm sido encontradas sob o nível do mar. Supomos que o  dilúvio de Noé foi uma dessas ocasiões , quando massas terrestres inteiras deslizaram  e os pólos modificaram sua posição. A idade do gelo, pois,  não resultou de muitos milênios de acúmulo cada vez maior de gelo nas regiões polares, e, sim, da súbita deslocação do gelo dos pólos para novas áreas, que então eram terras de clima quente, com início de novas capas de gelo, em terras que   antes eram quentes.

                Isso significa que, subitamente, imensos depósitos de gelo serão criados em regiões que agora são terras de clima ameno ou quente. Esse gelo começará a derreter e se porá em movimento, varrendo tudo à sua frente. Ou então, pelo contrário uma área que antes era de clima quente subitamente passa a ter clima frígido , e o gelo começa a formar-se  em uma taxa fantasticamente rápida".

Cremos que essas informações , que nos são dadas pelos cientistas, muito terão a ver com o cumprimento do versículo  que ora consideramos .Disso resultará uma vastíssima destruição. Na verdade, pode-se descrever isso com razão  como a cólera de Deus , que destruirá a civilização, conforme a conhecemos.  Alguns cientistas dizem que isso poderia suceder  dentro dos próximos 30 anos (este comentário foi escrito há mais ou menos 30 anos), tanto quanto podem passar-se mais  300 anos  antes de tais eventos. Asseveram que se houvesses estudos  suficientes, poder-se-ia predizer quando a terra terá  seus pólos modificados, quando a terra chegará a uma certa posição no espaço que causará um novo curto-circuito cósmico.

16:21 – também desabou do céu sobre os homens grande saraivada, com pedras que pesavam cerca de um talento; e, por causa do flagelo da chuva de pedras, os homens blasfemaram de Deus, porquanto o seu flagelo era sobremodo grande.

"... grande saraivada..." Historicamente  já ocorreu tal  fato, em consequencia de colisão de icebergs em órbitas, cujos pedaços quebrados chegaram à superfície da terra.

"....com pedras que pesavam cerca de um talento...": Chuva de pedras de 45 quilogramas cada! Lembrando que os flagelos são cumulativos (16:10-11), podemos imaginar o sofrimento dos adoradores da besta. Têm úlceras, não têm água, sofrem sobre o calor intenso do sol, e agora vem chuva de pedras enormes!

",,,Os homens blasfemaram de Deus, porquanto o seu flagelo era sobremodo grande...": Todo este sofrimento deve ser motivo para se arrependerem, mas continuam endurecendo os corações. Não admitem os seus erros, nem a justiça de Deus.

 

Bibliografia:

A Bíblia Sagrada. O Novo Testamento Interpretado, de Russel Champlin. Lições no Apocalipse, de Dennis Allan. O Apocalipse, de Delcyr de Souza Lima.Outras fontes informais de autorias não identificadas 



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