segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Estudos no Apocalipse - Estudo 27 - Queda de Babilônia

Estudos no livro de Apocalipse (estudo 27) -  Adélio Silva
 

Capítulo 18– Visão profética da Queda de Babilônia (Apoc 17:1 a 19:10) – Continuação

            Roma, a Babilônia depravada, está em queda. Isto continua sendo relatado no capítulo 18 . O império romano progride em torno de Roma e com sua queda, todo o império ruirá. A oposição surgida contra a pessoa de Cristo e seus santos deverá ser penalizada antes que Ele, o Cristo reapareça. A pronunciação profética  preliminar sobre a queda de Roma está contida nos versículos de 1 a 3.

Babilônia: Anúncio de sua condenação (Apocalipse 18:1a 3)

18:1 – Depois destas coisas, vi descer do céu outro anjo, que tinha grande autoridade, e a terra se iluminou com a sua glória.

"... vi..." A percepção do mundo espiritual se dá à parte dos sentidos naturais ao ser humano.  Verdades de Deus são comunicadas através  de meios superiores chamados de meios místicos.

 "...descer do céu..  anjo...." O céu é a representação da 'habitação de Deus'. O domínio espiritual controlado por Jeová. A expressão 'descer', transmite a idéia de que a mensagem vem de cima para baixo, isto é, de Deus para o homem, intermediado pelo anjo ou mensageiro. Em contraste a isso, a força que sustentava a meretriz vinha de baixo: das águas, da besta que surgiu do mar e dos reis da terra. Os próprios reis seriam os instrumentos de Deus no castigo dela, pois o anúncio da queda dela vem de cima. Um anjo já anunciou a queda da Babilônia (14:8), e um outro mostrou para João o significado da meretriz e o seu julgamento (17:1,7). Aqui, outro anjo desce do céu para confirmar a sentença contra a Babilônia.

O verso indica dois anjos especiais:  O primeiro, mencionado em 17:1,7  é chamado de 'anjo intérprete', pois explicou a João  o sentido da meretriz. O segundo anjo possui maior glória que o primeiro  e ele anunciou a queda de Babilônia .

"...Que tinha grande autoridade...": A autoridade para falar vem do céu. Não há dúvida sobre a veracidade de sua mensagem. Há categoria de anjos elevadíssima. Entretanto, a inspiração bíblica afirma que os crentes redimidos  ocuparão  posições acima de todos os anjos ( Ef 1:23; 3:19; II Ped 1:4; Col 210).

"...E a terra se iluminou com a sua glória..." Observe-se como  fenômenos físicos ocorreram na formatação do planeta, para se adaptar à recepção da glória de Jeová que era transmitida por aquele anjo . É bom lembrar que  Deus é a verdadeira luz, e a sua glória ilumina (21:23; 1 João 1:5). Pelo evangelho revelado, a glória de Deus traz iluminação (2 Coríntios 4:4-6; Efésios 1:17-18).

18:2 – Então, exclamou com potente voz, dizendo: Caiu! Caiu a grande Babilônia e se tornou morada de demônios, covil de toda espécie de espírito imundo e esconderijo de todo gênero de ave imunda e detestável

"... com potente voz..." Sua potência é para chamar a atenção para a proclamação que se seguirá.Potente voz"

"...Caiu! Caiu a grande Babilônia..." É uma confirmação do contido em 14:8 sobre a queda de Roma/Babilônia, ou, historicamente, o império romano, ou a mulher meretriz   

"...E se tornou morada de demônios, covil de toda espécie de espírito imundo e esconderijo de todo gênero de ave imunda e detestável: A grande cidade que estava cheia de atividade e de pessoas poderosas e ricas se torna uma cidade abandonada e suja (cf. Isaías 21:9  Jer 50:39; Sof 2:14). Mais uma vez, o contraste entre as duas principais cidades do livro se torna evidente. A cidade mundana se torna lugar deserto e imundo, ocupado por demônios e espíritos imundos. Animais ferozes e corujas lembram possessões demoníacas e  maus pressentimentos sobre calamidades.

18:3 – pois todas as nações têm bebido do vinho do furor da sua prostituição. Com ela se prostituíram os reis da terra. Também os mercadores da terra se enriqueceram à custa da sua luxúria.

Este versículo ressaltam  alguns dos motivos do castigo de Roma: idolatria e o uso da riqueza para dar vazão à luxúria e o grande comércio que a tornaram poderosa. Roma controlou a Europa, África e Ásia e todas as nações exportadoras dominadas pelos romanos se enriqueceram por causa desse comércio

Lamentação diante da Queda de Babilônia (18:4-8)

18:4 – Ouvi outra voz do céu, dizendo: Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e para não participardes dos seus flagelos.

A voz ouvida talvez pertença ao próprio Cristo. O apelo é para que os crentes fiéis saiam do ambiente romano ou  babilônico, sob pena de serem contaminados ou influenciados pelo pecado.  A igreja, tanto a que viveu os dias da perseguição romana como a que está vivendo os dias do anticristo , será convocada a se separar, sair, se isolar, rejeitando a igreja corrompida pelo mundanismo, sob pena de participar de todas as penalidades  que viriam.

18:5 – porque os seus pecados se acumularam até ao céu, e Deus se lembrou dos atos iníquos que ela praticou.

Alguns exemplos de saturação pecaminosa podem ser buscados na história do Velho Testamento:  A voz do sangue de Abel chegou ao Senhor, pedindo vingança (Gênesis 4:10). O clamor de Sodoma e Gomorra subiu até Deus, trazendo sua ira na destruição das cidades (Gênesis 18:20-21). A meretriz acumulou tanta iniqüidade que chegou até ao céu.

18:6 – Dai-lhe em retribuição como também ela retribuiu, pagai-lhe em dobro segundo as suas obras e, no cálice em que ela misturou bebidas, misturai dobrado para ela.

"...em dobro segundo as suas obras.."  Deus julgará todos segundo suas obras ( Rm 2:6 e Apoc 20:12). É a lei da colheita segundo a semeadura.

 "...No cálice em que ela misturou bebidas, misturai dobrado para ela..." Roma forçou muitos crentes a adotarem um tipo de vida depravado que lhes custou as próprias vidas . receberia um pagamento em dobro.:

18:7 – O quanto a si mesma se glorificou e viveu em luxúria, dai-lhe em igual medida tormento e pranto, porque diz consigo mesma: Estou sentada como rainha. Viúva, não sou. Pranto, nunca hei de ver!

Quais os motivos da  vanglória romana: a) se gloriou, quando só devemos e podemos glorificar ao Senhor ( I Cor 1:29,30);  b) viveu em luxúria, pelo enriquecimento ilícito, tornando-se insensata (Luc 12:19); c) Se julgava inatingível pela justiça divina.  Sua penalidade seria receber a paga em dobro em tormentos e prantos 

18:8 – Por isso, em um só dia, sobrevirão os seus flagelos: morte, pranto e fome; e será consumida no fogo, porque poderoso é o Senhor Deus, que a julgou.

A derrubada de Roma ocorrerá em velocidade enorme. As riquezas acumuladas durante séculos seriam  diluídas em curto período de tempo. Nero redivivo (Domiciano) invadiu Roma rapidamente. Profeticamente, o anticristo será também aniquilado repentinamente. Comenta Charles: "a aproximação dos partas, vindos do Oriente, liderados por Nero, cortaria o suprimento de alimentos de Roma e a reduziria à fome, e à pestilência se desencadearia logo em seguida. A terceira praga após a morte e a lamentação prepararia Roma para a destruição pelo fogo."  

As Reações à Queda da Babilônia (18:9-20)

Lamentação dos reis -  vs 9 e 10

18:9 – Ora, chorarão e se lamentarão sobre ela os reis da terra, que com ela se prostituíram e viveram em luxúria, quando virem a fumaceira do seu incêndio

"...os reis..." são os chefes de governo sujeitos a Roma.

"...chorarão..." Em voz alta, demonstrando tristeza e dor.

"...se lamentarão..."   Com vozes altas. Profeticamente, o reino do anticristo  cairá juntamente com ele . O juízo divino atingirá  todos os poderes ímpios.

"... quando virem a fumaceira do seu incêndio....": Os mesmos reis que odiavam a meretriz e contribuíram à destruição dela (17:16) agora lamentam a queda da Babilônia. Apesar de detestar a meretriz que os dominava (17:18), eles viviam do comércio gerado pela luxúria dela. A destruição da meretriz teria um impacto econômico muito negativo para os países comerciantes. Eles ficariam ao longe contemplando a fumaceira do seu incêndio.

18:10 – e, conservando-se de longe, pelo medo do seu tormento, dizem: Ai! Ai! Tu, grande cidade, Babilônia, tu, poderosa cidade! Pois, em uma só hora, chegou o teu juízo.

"....de longe..." Historicamente, as nações aliadas de Roma  temeriam o poder dos partas,e não ousariam desafiá-los, permitindo que Nero tivesse pleno poder . Roma seria  então destruída .

"... medo do seu tormento..." : As nações participaram dos lucros, e até dos erros, mas não querem se envolver na hora do castigo.

"...Dizem: Ai! Ai! Tu, grande cidade, Babilônia, tu, poderosa cidade! Pois, em uma só hora, chegou o teu juízo...": A poderosa cidade que dominava os reis do mundo recebe a justa recompensa por seu erro. O juízo de Deus chega repentinamente, tomando a orgulhosa meretriz de surpresa.

 Os mercadores lamentam sobre a meretriz (18:11-17a)

18:11 – E, sobre ela, choram e pranteiam os mercadores da terra, porque já ninguém compra a sua mercadoria,

É um choro em voz alta, um lamento. Confirmação do motivo egoísta da tristeza das nações! Não choraram por amor de Roma, e sim por perda de lucros! O egoísmo e o materialismo são características de pessoas carnais. Roma mostrou este mesmo espírito, e os sujeitos que participavam da prostituição dela, também, se mostraram carnais. "Mercadores" vem de uma palavra que sugere atacadistas, aqueles que transportaram mercadoria de longe para vender em grandes quantidades. O mais rico império da antiguidade caiu e este é o motivo de tanto pranto.

18:12-13 – mercadoria de ouro, de prata, de pedras preciosas, de pérolas, de linho finíssimo, de púrpura, de seda, de escarlata; e toda espécie de madeira odorífera, todo gênero de objeto de marfim, toda qualidade de móvel de madeira preciosa, de bronze, de ferro e de mármore; e canela de cheiro, especiarias, incenso, ungüento, bálsamo, vinho, azeite, flor de farinha, trigo, gado e ovelhas; e de cavalos, de carros, de escravos e até almas humanas.

O acervo desses produtos compreende: 1 – tesouros de ouro, prata, pedras preciosas; 2 – roupas, linho fino, púrpura, sedas e escarlata; 3 – matérias primas para mobiliários de casas, madeira odorífera, artigos de marfim, madeiras preciosas, bronze, ferro e  mármore; 4 – artigos de perfumaria em gera, itens de luxo pessoal como cinâmono, fragrâncias, ungüentos e incenso; 5 – Produtos alimentares como vinho, azeite, trigo, gado, ovelhas; 6 – Artigos bélicos como cavalos e carruagens; 7 – Artigos de tráfico humano, verdadeiros escravos espirituais sem pátria e ambiente natural.

            Nada faltava a Roma. Observe-se que a referência era à Roma imperial e não a Roma como organização religiosa. Esta só veio a se estabelecer alguns séculos depois. O império romano era rico  materialmente, mas espiritualmente  não  eram. Esta era a realidade da Igreja em Laodicéia (Apoc 3:17). Ver a semelhança com Eze 27:1-24.

Riquezas do Vaticano

 


O papa saneou as contas da Santa Sé, apesar da recessão econômica mundial

Fernanda Galvão

Parai de armazenar para vós tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem consomem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Antes, armazenai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde ladrões nem arrombam nem furtam. Pois, onde estiver o teu tesouro, ali estará também o teu coração. (Livro de Mateus, capítulo 6, versículos de 19 a 21).


Galeria de arte Antes de sofrer com a precariedade de sua saúde, João Paulo II acordava às 5 da manhã para percorrer os corredores do Palácio Episcopal, repletos de telas de Botticelli e Bernini


Imagine esse texto bíblico reescrito nos dias de hoje. Ele deveria incluir, além das pragas, da ação do tempo e dos larápios, outros dois inimigos ferozes: a recessão econômica mundial e as perdas com variações do câmbio, problemas essencialmente terrenos. Eles contribuíram, de 2001 para cá, para solapar um dos grandes troféus dos 25 anos de João Paulo II: a saúde financeira do Vaticano. O legado econômico de Karol Wojtyla, depois de um quarto de século, é positivo. Durante oito anos, entre 1982 e 2000, o caixa da Cúria foi saneado. O papa polonês tinha algo em mente: só poderia percorrer o planeta, em sua campanha de evangelização, com as contas em ordem. Assim foi feito. Até 1993, o balanço financeiro da Igreja estava no vermelho havia 23 anos. João Paulo II arrumou a casa – uma casa cujo patrimônio, repleto de edifícios magníficos e mobiliário idem, é estimado em US$ 820 milhões. Esse valor não inclui as obras de arte.

Mas, cabe ressaltar, em tempos de globalização, o equilíbrio financeiro do Vaticano não escapou às oscilações do cenário econômico mundial. Em 2002, as finanças da Santa Sé foram abaladas pelo segundo ano consecutivo. O déficit foi de US$ 15,8 milhões, contra US$ 3,1 milhões negativos em 2001. O cardeal Sergio Sebastiani, secretário da Prefeitura para Assuntos Econômicos da Santa Sé, atribui o mau resultado à queda no mercado de ações. Nessa conta, pesaram ainda as flutuações do câmbio. Os resultados de 2002, os mais recentes com divulgação completa, foram os primeiros depois da conversão da lira para o euro, nova moeda oficial do Vaticano. Houve prejuízo nas receitas de mídia, que incluem a rádio, a TV, o jornal L' Osservatore Romano e a editora. As perdas de US$ 1,93 milhão do setor, porém, são números melhores que os resultados de 2001, quando o saldo das atividades de mídia ficou negativo em US$ 25,2 milhões.



As doações, inteiramente direcionadas às despesas com atividades institucionais, tiveram um aumento de 2% nos últimos anos. Em 2002, o volume arrecadado foi de US$ 100 milhões. Especialistas nos tesouros do Vaticano têm uma explicação para o volume, considerado demasiadamente modesto: o escândalo dos padres americanos pedófilos, em 2000 e 2001. Explica-se: a Igreja dos Estados Unidos é, ao lado da Alemanha e da Itália, a principal doadora. A má postura dos prelados da terra de George W. Bush, investigados pelo Ministério Público, teria bloqueado o fluxo de dólares. A Prefeitura para Assuntos Econômicos, no entanto, negou a acusação e, em comunicado oficial, afirmou que a culpa seria dos crescentes gastos administrativos, que atingiram US$ 260 milhões em 2002. Segundo o cardeal Sebastiani, apesar das denúncias contra os padres que se aproveitaram de crianças, a ajuda americana ao Vaticano aumentou em 2002. Mas há, sim, um rombo atrelado aos pedófilos: o Vaticano, por respeito à legislação americana, teve que abrir mão de uma parte do dinheiro, transformada em indenização aos familiares dos menores violentados. Em 8 de agosto de 2003, a Arquidiocese de Boston, na qual 130 menores teriam sido molestados pelo sacerdote John Geoghan, de 66 anos, chegou a oferecer US$ 55 milhões às vítimas.


Acervo histórico: O ambiente da Santa Sé é aparentemente simples - mas guarda algumas preciosidades da história da civilização. Da sala de reuniões à biblioteca, passando pela capela particular do papa, esconde-se uma coleção de obras-primas.
Entre raridades dos séculos
XV e XVI, João Paulo II escrevia as encíclicas e documentos que construíram a lenda de um dos grandes personagens do nosso tempo


Os resultados financeiros da Santa Sé, divulgados anualmente na internet, não levam em conta as transações do Instituto para Obras Religiosas (IOR), conhecido como Banco do Vaticano. Seus ativos somam mais de US$ 3,2 bilhões de investidores particulares. Trata-se da instituição que gere o cotidiano da Cúria (há dois caixas eletrônicos do IOR no interior da Santa Sé, com instruções em latim, além do italiano, inglês e francês), mas que também produziu uma das maiores confusões dos primeiros anos de João Paulo II. No final da década de 70, a Santa Sé desembolsou US$ 250 milhões a credores do Banco Ambrosiano, que foi a maior instituição financeira privada da Itália e tinha o Vaticano como um dos acionistas. O Ambrosiano foi à bancarrota depois do desaparecimento de US$ 1,3 bilhão. A Igreja se ofereceu para pagar os credores alegando "envolvimento moral" no caso.

Naquele tempo, o principal responsável pelo Banco do Vaticano era o arcebispo americano Paul Marcinkus, hoje vivendo no Arizona, em exílio forçado. Marcinkus fora segurança particular do papa Paulo VI. Ganhou o apelido de "Gorila" quando evitou que o pontífice fosse apunhalado por um artista boliviano nas Filipinas, em 1970. Chegou a governador da Cidade do Vaticano e, entre 1971 e 1989, esteve à frente do IOR. Acabou indiciado em 1982, quando Roberto Calvi, presidente do Banco Ambrosiano, foi assassinado. O executivo, conhecido como "Banqueiro de Deus", foi jogado de uma ponte em Londres, com pedaços de tijolo nos bolsos. A máfia italiana foi acusada de mandar matar Calvi, envolvido num esquema de lavagem de dinheiro. Marcinkus não foi investigado, graças à imunidade religiosa.

O escândalo incomodou João Paulo II – e o levou a dar prioridade ao cofre do Vaticano. Escolhia cardeais especialistas em administração como quem elegia o CEO de uma multinacional. O mais celebrado deles é Edmund Szoka, de Detroit, nos EUA, empossado em 1990 como secretário da Prefeitura para Assuntos Econômicos. Foi Szoka quem cortou despesas e incentivou o aumento das contribuições de outros países. Ele instituiu também a publicação anual de balanços financeiros auditados e exortou bispos de todo o mundo a fazer o mesmo. Agora, todo pároco responsável pela gestão de recursos tem noções de contabilidade. "Hoje, a Santa Sé é mais transparente do que muitas grandes corporações", diz Szoka. A administração de cada paróquia é independente e o Vaticano não dá assistência àquelas que estão em dificuldades financeiras. No caso das paróquias americanas que terão de indenizar vítimas de abusos sexuais, a orientação é para que o dinheiro seja obtido por meio de empréstimos, sem juros, junto a outras dioceses.


Rombo financeiro: O escândalo do Banco Ambrosiano, no final da década de 70, levou o papa a restaurar as finanças da Cúria. Em homilias (acima) ele costumava condenar os males do "capitalismo selvagem"


 

A Prefeitura para Assuntos Econômicos também administra as finanças da Cidade do Vaticano, o menor Estado soberano do mundo, em Roma. Ali funciona o comércio de produtos como roupas, artigos de perfumaria e farmácia e aparelhos eletrônicos, vendidos a preços mais baixos devido à isenção local de impostos. Na cidade funcionam ainda duas agências bancárias e um posto de gasolina. Além disso, existe um pequeno parque industrial voltado à produção de mosaicos e uniformes. A cidade, que registrou receitas de US$ 209,6 milhões em 2002, é sustentada pela venda de selos e publicações e pelo dinheiro arrecadado com as entradas para museus. O patrimônio artístico, de valor incalculável, exibe construções como a Basílica de São Pedro e a Capela Sistina de Michelangelo, uma das obra primas da humanidade, repleta de telas de gênios como Botticelli e Bernini. A sede da Igreja abriga também uma valiosa e extensa biblioteca, com coleções de grande relevância histórica, científica e cultural. Foi o cenário perfeito para um papa, João Paulo II, que ensinou aos fiéis uma lição: zelar pelo dinheiro, e movimentá-lo a juros, não é pecado.

 

Fonte: WWW. terra.com.br/

 

 

 

18:14 – Também os frutos que a tua alma cobiçava foram-se de ti; e todas as coisas delicadas e suntuosas se foram de ti e nunca mais se acharão

É prova de que os bens materiais,  o luxo e os prazeres não atendem as necessidades espirituais ( II Cor 4:18).

Roma seria devastada e nunca mais se acharia o estado anterior. A Roma antiga não mais existe e isto atende a exigência histórica. Profeticamente, o anticristo  e sua corporação política também cairiam.

18:15 – Os mercadores destas coisas, que, por meio dela, se enriqueceram, conservar-se-ão de longe, pelo medo do seu tormento, chorando e pranteando,

Nem mesmo  sendo submetidos aos severos juízos de Deus  os homens se arrependeram de suas atitudes. A tristeza deles foi causada pela ausência das vantagens pessoais adquiridas às custas do sistema religioso. O verdadeiro arrependimento leva a uma mudança radical de atitudes.

18:16  dizendo: Ai! Ai da grande cidade, que estava vestida de linho finíssimo, de púrpura, e de escarlata, adornada de ouro, e de pedras preciosas, e de pérolas, porque, em uma só hora, ficou devastada tamanha riqueza!

Há comentários em Apoc 17:4,5; 17:18 e 18:10 . Notemos que os artigos listados aqui são somente os de maior valor

18:17   – E todo piloto, e todo aquele que navega livremente, e marinheiros, e quantos labutam no mar conservaram-se de longe.

É uma menção ao comércio marítimo. Já observamos a importância do poder de Roma sobre o mar Mediterrâneo. As economias de nações dependiam do comércio com Roma e, por isso, os reis lamentaram (18:9-10). Os mercadores dependiam deste comércio, dando-lhes motivo para chorar (18:11-17). Os pilotos, também, dependiam do transporte de mercadoria. Mas, como os outros, eles ficam longe na hora do castigo da grande cidade, porque não querem sofrer com ela.

18:18 – Então, vendo a fumaceira do seu incêndio, gritavam: Que cidade se compara à grande cidade?

"...Fumaceira..."  A sequência de acontecimentos que vieram sobre Roma:  Os partas não permitiram a entrada de alimentos. Vieram fome e pragas. Depois destruição a fogo e espada.

"...que cidade se compara à grande cidade..."  Roma era grande em riquezas e poder mas não resistiu ao juízo divino. A chamada cidade eterna deixou de existir. . Ficará claro que Roma era uma cidade louca varrida.

 18:19 – Lançaram pó sobre a cabeça e, chorando e pranteando, gritavam: Ai! Ai da grande cidade, na qual se enriqueceram todos os que possuíam navios no mar, à custa da sua opulência, porque, em uma só hora, foi devastada!

Uma cena igual à lamentação dos pilotos quando Tiro caiu (Ezequiel 27:27-32). Lançar pó sobre a cabeça mostra angústia e tristeza (Jó 2:12; Ezequel 27:30). Aqui há o terceiro refrão destas lamentações.O motivo dos pilotos, como o dos mercadores, é egoísta. Nada de tristeza pela meretriz. Eles choram porque perderam os seus contratos como transportadores.

A Exultação dos Santos (18:20):

18:20 – Exultai sobre ela, ó céus, e vós, santos, apóstolos e profetas, porque Deus contra ela julgou a vossa causa.

Os habitantes da terra podem lamentar, mas os que habitam no céu celebram a vitória! A causa dos fiéis foi o assunto das orações dos santos (5:8; 8:4) e das petições das almas debaixo do altar no quinto selo (6:9-11). Santos, apóstolos e profetas foram perseguidos e oprimidos por aqueles que habitam sobre a terra. A queda da Babilônia, a meretriz que bebera o sangue dos santos (17:6), foi um passo importante na direção da vindicação total da causa dos servos do Senhor.

A Derrota Total da Babilônia (18:21-24)

18:21 – Então, um anjo forte levantou uma pedra como grande pedra de moinho e arrojou-a para dentro do mar, dizendo: Assim, com ímpeto, será arrojada Babilônia, a grande cidade, e nunca jamais será achada.

Assim comenta Dennis Allan:

"...Então, um anjo forte levantou uma pedra como grande pedra de moinho e arrojou-a para dentro do mar...": Foi um anjo forte que procurou alguém para abrir o livro e revelar a vontade de Deus (5:2). Foi um anjo forte que desceu do céu e jurou que o mistério de Deus seria cumprido (10:1-7). Agora, um anjo forte joga a grande pedra no mar, declarando a finalidade do castigo previsto. Jesus usou a figura de lançar alguém no mar com uma grande pedra de moinho pendurada no pescoço para descrever a morte (Mateus 18:6; Marcos 9:42). Este ato simbólico do anjo declara a morte, a derrota total, da meretriz.

"...Assim, com ímpeto, será arrojada Babilônia, a grande cidade, e nunca jamais será achada...": Em relação à interpretação literal ou figurada desta profecia, leia os comentários sobre 18:2. Da mesma maneira que entendemos as profecias sobre a Babilônia histórica, aceitamos estas profecias sobre a destruição da Babilônia simbólica. O ponto não é a forma do castigo, mas sua certeza. Ela afirmou, na sua arrogância, que nunca veria pranto (18:7). Deus declara que ela nunca será vista, e nunca verá a vida! A Babilônia foi jogada no mar e se afundou. Jamais levantará a sua mão contra os servos do Senhor. Compare a profecia sobre a Babilônia antiga em Jeremias 51:63-64.O estado de morte da meretriz é descrito nas figuras nos versículos seguintes. É uma cidade morta. Não há nela os sons de festa, nem os sons do trabalho de fábricas, nem de produção de alimentos; não há luz, pois a cidade se escureceu. O que acha é apenas o sangue dos santos, motivo da morte da meretriz.

18:22 – E voz de harpistas, de músicos, de tocadores de flautas e de clarins jamais em ti se ouvirá, nem artífice algum de qualquer arte jamais em ti se achará, e nunca jamais em ti se ouvirá o ruído de pedra de moinho.

As manifestações de alegria se findarão em .A festa acabou! A alegria da música, característica de uma cidade de luxúria e prosperidade, cessou. A Babilônia nunca voltaria a ter a mesma alegria.A cidade era um centro de atividade comercial, mas agora pararam para sempre as atividades de artesanato e produção. Nenhum barulho de produção de alimentos. O silêncio da morte toma conta da cidade.

18:23 – Também jamais em ti brilhará luz de candeia; nem voz de noivo ou de noiva jamais em ti se ouvirá, pois os teus mercadores foram os grandes da terra, porque todas as nações foram seduzidas pela tua feitiçaria.

"...luz  de candeia..."  A luz artificial não mais se acenderá. Talvez esteja em vista  a luz  noturna que existia nas ruas romanas.

"..voz de noivo..." Casamentos são ocasiões festivas onde os noivos se alegram.  Cristo foi o noivo rejeitado que em retribuição fará cessar tais ocasiões.

"...feitiçarias..."  No grego é 'pharmakeia', 'mágica'. Há forte associação entre drogas e artes ocultas. A referência aqui é ao ocultismo de qualquer espécie e a condenação de sua prática. O anticristo será um mestre do ocultismo por inspiração satânica. 

Cresce atualmente  a procura pelo ocultismo, por pessoas insatisfeitas  coma religião destituída de misticismo e autêntico poder espiritual.o

24 E nela se achou sangue de profetas, de santos e de todos os que foram mortos sobre a terra.

            A fúria do imperador Domiciano assassinou milhares de crentes. Ele foi chamado de 'o segundo Nero'. Era esperança de João que o Nero voltasse à vida como o oitavo imperador romano. Seria mais uma ameaça para a igreja perseguida e por isso João procurou consolá-la. Profeticamente, nos últimos dias potências mundiais (dez, segundo autores) formarão um consórcio para fortalecer o anticristo que se voltará contra a Igreja. Mas os algozes não perderiam por esperar os juízos divinos.

Bibliografia:

A Bíblia Sagrada. O Novo Testamento Interpretado, de Russel Champlin. Lições no Apocalipse, de Dennis Allan. O Apocalipse, de Delcyr de Souza Lima.Outras fontes informais de autorias não identificadas


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